Fantasia Onírica

A Terra navega no Universo
Entre o sonho e a realidade...
O tempo esvai-se veloz
E a humanidade volta às cavernas
Para esconder-se de si mesma
E ficar em silêncio.
Mas as estrelas estão despertando
E é urgente viver!
Lá fora, a Vida dança um bailado
Ao som de alaúdes orientais.

As fadas dançam nas notas.
Há duendes escondendo-se
Nas claves de sol
E Magos transformando
Prelúdios em feitiço
E seres perfeitos
Chegando do espaço...

Há amores nas areias do deserto
Amores em bosques mergulhados na névoa
Amores em castelos orientais
Amores envoltos na luz das estrelas
E um sitar hindu ecoa aos ventos.

Quem sabe, as vozes da Atlântida despertaram
E emergiram do fundo dos mares.

Porque ouço madrigais
De todos os cantos do planeta.
Vozes de ontem, de hoje e de amanhã
Confundem-se numa harmonia mística.
E a força do Universo
Expande-se em ondas de luz!

Escrevo em papiros e pergaminhos
Como sacerdotisa egípcia
Fora do tempo e do espaço.

E não posso voltar à caverna
Com meus companheiros
Porque o Universo oscila e pulsa
E estou presa num sonho antigo
De deuses e astronautas...
Uma estranha percepção
Que me distancia da realidade
Dos homens e dos macacos...

E a noite lança no espaço
Uma imutável elegia
Até o fim dos tempos.

Dias, Noites e Segredos

Porque

Em um lugar sombrio da memória

Escondem-se Gatos com olhos que faíscam

Na escuridão de noites sinistras,

E corujas de enigmáticos olhos, à espreita

Nas noites em que a lua-cheia invade o mato

E as bruxas decifram o enigma das horas mortas.

Em um lugar sombrio do inconsciente

Mora o medo primitivo

Que vem das cavernas

Onde os antepassados tentavam decifrar

Os mistérios do mundo.





E antes que o sertão vire mar

E o mar vire sertão

E as bruxas saiam dos seus esconderijos

E os homens façam a guerra nuclear

E nós sejamos engolidos

por uma imensa boca cósmica...

quero aqui registrar

os meus pedacinhos desimportantes

de poesia.

seguindo a luz da Lua,

o brilho dos olhos dos Gatos e Corujas, e as cores dos Girassóis e Borboletas





E se me perguntarem quem sou... responderei:



Apenas uma Ana, mais uma Ana,

filha do sertão, caminhando entre os mandacarus com seus braços erguidos para o céu do poente, e as serras azuladas que lambem o céu no horizonte onde nasce o sol...



Apenas uma Ana

que, neste mar de dúvidas no qual a vida nos faz navegar, deseja expressar as reminiscências das madrugadas da infância, marcadas por canto de corujas e olhos de gatos faiscando na escuridão...

Apenas uma Ana

que, um dia, se apaixonou pelo pôr do sol e pelo brilho da lua.

E ficou só.


sexta-feira, 12 de outubro de 2012

A Menina e a Rosa

Escrevo em papiros e pergaminhos

Como sacerdotisa egípcia

Fora do tempo e do espaço.

E não posso voltar à caverna

Com meus companheiros

Porque o Universo oscila e pulsa

E estou presa num sonho antigo

De deuses e astronautas...

Uma estranha percepção

Que me distancia da realidade

Dos homens e dos macacos...

E a noite lança no espaço

Uma imutável elegia

Até o fim dos tempos.

Cópia de Criança - Menina da Rosa

quarta-feira, 20 de junho de 2012

“O gato é secreto. Tece com calma o mistério do mundo. O gato é elétrico. Pura energia a percorrer a espinha. O gato é orgulho. Sem humildade, jamais se entrega. O gato é desejo. Atração pela lua e telhados. O gato é sagrado. Olho no olho que brilha. Um susto. Parece que vemos Deus.” DONIZETE GALVÃO

 

Uma Velha Oração Russa
Ouça nossa oração, Deus, para todos os animais. Fazei com que sejam bem nutridos, bem tratados e felizes. Protegei-os da fome, do medo e do sofrimento. E, nós rezamos, proteja especialmente, querido Deus, o pequeno gato que é o companheiro de nossa casa. Mantenha-o sempre seguro quando estiver fora de nosso lar, e traga-o sempre salvo a fim de nos confortar...
(Anônimo)




domingo, 10 de junho de 2012


Antes que o sertão vire mar
E o mar vire sertão
E as bruxas saiam dos seus esconderijos
E os homens façam a guerra nuclear
E nós sejamos engolidos por uma imensa boca cósmica...
Caminho por estas estradas,
seguindo a luz da Lua,
o brilho dos olhos dos Gatos e Corujas,
e as cores dos Girassóis e Borboletas.

Suaves abraços!

sábado, 9 de junho de 2012

Em dias de nuvens e ventos...

Aqui são dias de nuvens e ventos… não chove.
No Sertão, o tempo passa cansado de tanto correr à procura de dias melhores.

Eu, que estou prisioneira nestes cafundós do mundo,  quero fazer minhas as palavras do meu Poeta, Antonio Brasileiro:
“Eu sou a que sonhava as mil estrelas.
As mil estrelas no peito, uma paixão de fogo
A irromper  do peito. (...)
Não me tragam essas vidas sem assombros:
porque não há sossego.
As chamas passionais – como são fortes!
Ai, como são fortes!
Não, não esperem por mim – que vou morrer,
bebendo a luz da estrela Aldebarã
entre uma taça e outra
                                    de agonias.”
(Antonio Brasileiro)


Obrigada, meu Poeta, por nos dar expressões tão intensas dos nossos mais intensos sentimentos.

AnaCélia